O termômetro marcava apenas 5 graus no meio da tarde de terça-feira e, dentro de campo, no Passo d'Areia, o ritmo dos treinos preparatórios do São José para a primeira partida das oitavas de finais do Brasileiro Série D, contra o São Bernardo, era "aquecido" na base das toucas, malhas, calças e moletons. Quem não corria, se virava com jaquetão e à procura de algum pouco de Sol. Pior para quem ainda não havia sido apresentado ao período de inverno mais rigoroso do inverno gaúcho.
"Agora sim eu fui apresentado ao frio que me falavam que fazia aqui. No primeiro dia foi bem difícil, mas a gente vai se acostumando", conta o atacante Mateus Totô.
Vindo de Ribeirão Preto, em uma região do interior de São Paulo onde o inverno é de faz de conta, a primeira dificuldade foi para se agasalhar o suficiente enquanto não estava treinando. Depois, aquele "susto" ao começar a correr.
"O cara puxa o ar e vem aquilo muito gelado, congela. Tem que adaptar até a respiração. Mas já me ambientei", diz.
É bom o Mateus Totô seguir a receita do também paulista Fidélis. Há dois anos no Rio Grande do Sul _ incluindo um inverno rigoroso em Caxias do Sul _, ele garante que já é um gaúcho quando o assunto é o frio.
"Não tem muita estratégia. É questão de se acostumar mesmo", brinca.
Mas não vai ser o frio que vai barrar o objetivo desta equipe. Os treinos dessa semana seguem ritmo intenso.
"Brigamos muito para chegarmos nesse momento. Agora é focar nos resultados, na decisão que é o que mais importa", comenta o atacante.
Para China Balbino, o frio não pode ser considerado um aliado do time no confronto de sábado diante do São Bernardo.
"O importante é estarmos focados o tempo inteiro e conscientes de que é decisão. Frio eles também estão acostumados", diz o comandante.
O Zeca volta aos treinos na manhã desta quarta _ provavelmente ainda mais frio.