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ESPECIAL | 2 ANOS DO ACESSO: A caravana da esperança

No próximo dia 8, completam-se dois anos da maior façanha da história do São José: o acesso nacional ao Brasileirão Série C. A partir de hoje, em três capítulos, contaremos uma história que só quem vive este clube poderia contar. O acesso visto pelos seus torcedores. Na quarta, reviveremos o jogo da classificação em nossas redes. 

Este é um capítulo da história do São José que começa com um micro-ônibus lotado, um grupo de torcedores apaixonados na noite de 30 de junho de 2018. Seriam 1.300 quilômetros de estrada entre Porto Alegre e Lins, no interior de São Paulo, para acompanhar o Zeca na primeira parte do maior desafio da sua história: a busca do inédito acesso nacional.
São José e Linense iniciariam o confronto no dia seguinte, 1º de julho, por uma uma das vagas no Brasileiro Série C. Para o Carlos Eduardo Borges, ou melhor, o Dudu, valia o sacrifício.
"Nem avisei para o meu chefe que não iria trabalhar naquele sábado. Botei outra pessoa no meu lugar e fui. Achei que na segunda ja estaria de volta. Só apareci de novo quatro dias depois", diverte-se. E antes que alguém fique preocupado, o patrão compreendeu a causa. O Dudu não perdeu o emprego.
Pudera, a entrega da gurizada foi total para acompanhar o time que, eles tinham certeza, não decepcionaria.
"Vendemos rifas, adesivos, fizemos um bolo, pelo bairro inteiro. Mas não poderia o Zeca jogar e a torcida não estar junto", conta.
É como diz o lema: o Zeca não joga sozinho. É que esta não era uma aventura inédita. No ano anterior, a torcida desbravou boa parte do Brasil, com uma épica viagem com um ônibus carregado de torcedores dos 8 meses aos 80 anos, que voltou com classificação de São Bernardo. Esta torcida chegou ao Acre, no jogo que deixou aquele gostinho de que o São José poderia e merecia mais. 
2018 seria diferente. Era a crença dos que embarcaram no miro-ônibus. O Zeca chegou às quartas de final com a melhor campanha geral da Série D, com apenas uma derrota até então.
No domingo, dia 1º, o São Jose estava escalado pelo técnico Rafael Jaques com Fábio; Márcio Lima, Wagner, Bruno Jesus e Xaro; Fabiano (Anderson Canhoto), Felipe Guedes, Karl e Aexandre; Márcio Jonatan e Kelvin. Nos primeiros movimentos do jogo, o estádio cheio não era ouvido. O barulho vinha era dos guerreiros que encararam um dia inteiro de estrada. É que dentro de campo, quem criava as oportunidades para marcar era o São José. Mas o gol não saía.
No segundo tempo, o placar do primeiro confronto acabou definido com um lance polêmico. Poucos, além do árbitro, viram a bola do Linense cruzar a linha do gol defendido por Fábio. E  placar ficou no 1 a 0 para os paulistas.
Inevitável lembrar do trauma de 2017. E esse questionamento estava no pensamento de todos os que voltaram ao micro-ônibus e a Porto Alegre ainda na noite daquele domingo. Certeza mesmo, eles só tinham de que no sábado seguinte estariam no Passo d'Areia para presenciar um dia histórico.

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