NOTÍCIAS

ESPECIAL | 2 ANOS DO ACESSO: Promessas para fazer história

No próximo dia 8, completam-se dois anos da maior façanha da história do São José: o acesso nacional ao Brasileirão Série C. Em três capítulos, contaremos uma história que só quem vive este clube poderia contar. O acesso visto pelos seus torcedores. Na quarta, reviveremos o jogo da classificação em nossas redes. 

Há cinco anos, o Leonardo Lazzerini, torcedor do São José, tatuou na pele: E.C.S.J. As iniciais do nosso clube, como forma de pagar uma promessa pelo título da SuperCopa Gaúcha, que, em 2015, deu início ao que ele chama de "fazer história em cima de história".
Dois anos atrás, na mais valiosa dessas histórias recentes, o Leonardo estava em Lins, no primeiro jogo decisivo pelo acesso ao Brasileirão Série C, diante da Linense, e, obviamente, também estava na arquibancada no Passo quando a conquista foi confirmada.
"Eu lembro que, quando o Fábio fez o primeiro gol, eu tinha certeza que não iria deixar escapar o acesso. Quando o Márcio Jonatan fez o segundo gol, eu olhei para o lado, abracei um amigo meu da arquibancada e chorei. Chorei como criança. Era certeza de que o acesso era nosso", conta o Leonardo.
Dentro de campo, um dos líderes desta conquista foi o goleiro e capitão Fábio. Ele estava em campo no ano anterior, quando o São José bateu na trave, sendo derrotado na disputa pela vaga à C contra o Atlético Acreano. Então, veio a derrota em Lins. E quem disse que o vestiário foi abalado?
"Não. Eu lembro que fizemos um jogo muito bom em Lins, e quando acabou o jogo, o vestiário estava vibrante, acreditando que seria possível. Nós comentamos que não sabíamos o que iria acontecer, mas estávamos preparados para o acesso", lembra o goleirão.
Desta vez, o Leonardo não fez promessas. Mas isso não quer dizer que a fé não estivesse movendo outros torcedores na partida decisiva, no Passo. Pudera. Passou o primeiro tempo de um jogo que precisava ser vencido por pelo menos dois gols de vantagem e o placar seguia 0 a 0. A Kelly Bandeira, que hoje, além de torcedora, é assessora de imprensa do clube, não teve dúvida:
"Ah, o São José tinha que dar um jeito. E prometi que, se o acesso viesse, eu não tomava mais refrigerante".
Parecia que o São José, lá de cima, estava mesmo preocupado com a saúde da torcedora. Porque foi só a bola rolar para o segundo tempo e, logo nos primeiros minutos, o lateral Xaro foi derrubado na área: pênalti.
Fábio cobrou e botou o Zeca na frente.
"Não é que fosse a certeza de que o acesso não escapava mais, mas que estávamos muito perto mesmo. Era a coroação do trabalho de um ano inteiro", lembra o goleiro artilheiro.
Ainda não era suficiente. E o São José seguiu na pressão. Kelwin, recebeu no lado esquerdo e chutou forte, alto e cruzado. O goleiro já estava pronto para a defesa, mas foi surpreendido por Márcio Jonatan, que desviou de cabeça para marcar o 2 a 0 e o acesso nacional inédito garantido para o Zeca.
"Desde aquele dia, não tomo mais um gole de refri, que é pra não dar zica na Série C, né", conta a Kelly.

NOTÍCIAS


APOIO

SIGA O ZECA