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ESPECIAL | 2 ANOS DO ACESSO: Vozes que narram a história

No próximo dia 8, completam-se dois anos da maior façanha da história do São José: o acesso nacional ao Brasileirão Série C. Em três capítulos, contaremos uma história que só quem vive este clube poderia contar. O acesso visto pelos seus torcedores. Na quarta, reviveremos o jogo da classificação em nossas redes. 

"Acaba o jogo. Nós estamos na Série C! Nós estamos na Série C!!!"
O grito, na voz do narrador Daniel Felix, então na Rádio Web Independente, ficou eternizado naquele 8 de julho de 2018. E não, não foi mera figura de linguagem. 
"Eu gritei aquilo porque nós, também fizemos parte dessa conquista. É impossível não se envolver, como nós nos envolvemos, me tornei um torcedor do clube, porque convivemos muito tempo diretamente com as pessoas do clube. Foi o momento mais importante da minha carreira, sem dúvida. Naquele dia, tudo foi diferente. Tinha que coordenar a equipe, narrar o jogo, os nervos a flor da pele. Batalhamos muito para fazer uma grande transmissão e valeu muito à pena.
Se para o torcedor na arquibancada foram 12 desafios até o dia do acesso, para quem tinha a missão de contar pelas ondas web cada emoção da busca pela inédita conquista nacional, foram 12 jornadas. Ou melhor, como eles mesmos definem, bem mais do que isso.
"O que me marca mesmo foi ter pegado a estrada. Não ter ido a Novo Hamburgo na segunda fase, mas ter ido a Tubarão, a Lins, em uma viagem fantástica, épica. Com 22 horas dentro de um micro-ônibus para botar no ar uma transmissão sozinho. Foi incrível cada momento. Me sinto privilegiado, também como torcedor do São José e frequentador do Passo d'Areia poder ter trabalhado e acompanhado de perto toda essa história".
Algo que, assim como para o torcedor, começou ainda lá em 2017.
"Nós batemos na trave contra o Atlético Acreano, então, ficava sempre aquela desconfiança. Aquele primeiro tempo que terminou 0 a 0, e aí, veio aquela situação, assim: poxa, são só mais 45 minutos, será que vai dar? E a gente acreditou", lembra o Daniel.
No primeiro confronto, em Lins, a voz foi do Jhon, depois de encarar a estrada de Porto Alegre até o interior paulista. Transmitiu o jogo em uma das cabines do Estádio Bezerrão e garante:
"Não entrou aquela bola. Até hoje, eu assisto as imagens e não vejo a bola entrar".
Trouxe na bagagem, no mesmo micro-ônibus dos torcedores do Zeca, um resultado negativo, mas uma esperança inabalável. A virada teria de acontecer.
E ela veio no segundo tempo diante da Linense, no Passo. Primeiro, Xaro foi derrubado na área. Pênalti cobrado e convertido por Fábio, aos 6 minutos, e depois, Kelwin acertou um chutaço cruzado de fora da área. O goleiro saltava para a bola quando foi surpreendido por Márcio Jonatan, desviando de cabeça no primeiro poste para botar a bola na rede e garantir, aos 29 minutos, o 2 a 0 que assegurou o histórico acesso.
Na cabine número 5 do Passo d'Areia, o Daniel Felix acabou deixando uma lembrancinha.
"Foi um chute meu na parede, de nervosismo, que abriu um buraco. Era a emoção durante aquela partida. Deu certo e o Zeca subiu. Foi um grande momento como profissional e como torcedor", conta o narrador.
 

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