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Iniciada a troca do gramado sintético no Passo d'Areia

A partir desta semana e nos próximos dois meses, a bola dá um tempo e o campo do Estádio Passo d'Areia vira canteiro de obras. Foi iniciada a troca do gramado sintético, em um investimento de R$ 1,2 milhão, como parte do projeto do São José para a temporada 2019. Certificado pela FIFA, o gramado a ser instalado no Passo é produzido pela melhor fabricante do produto no mundo, a CCGrass, e será semelhante ao utilizado no Centro de Treinamentos do Chelsea.
"A tecnologia da fibra, que não é mais simplesmente o polietileno (plástico), é mais avançada do que a atual no Passo d'Areia. Teremos uma fibra mais macia, com uma cor melhor, mais clara, e que retém muito menos calor do que o atual", explica Cristian Truda, administrador da Base Construções Esportivas, responsável pela troca do gramado.
Na primeira etapa da troca, já em andamento, o atual piso está sendo retirado e haverá um trabalho de nivelamento do campo antes da instalação do sintético. Diferente do que acontece atualmente, haverá um sistema de drenagem no campo, que será outro fator fundamental para eliminar o acúmulo de calor no piso.
Para obter o Certificado FIFA, com validade por três anos, o piso precisa passar por 12 testes. Entre eles, considerados os mais importantes, estão o de resistência à rotação de joelho, velocidade da bola e qualidade do rebote da bola (o quique). E o piso escolhido já passou pelos testes.
"Foi pré-testado e aprovado em laboratório, o que significa, de acordo com a FIFA, que tem as mesmas características do piso natural", resume Truda.
 
MITOS E VERDADES
 
O sintético causa mais lesões?
Não. Estudos mais recentes encomendados pela FIFA e pela UEFA, que já adota o sintético em boa parte de suas competições das categorias de base, mostram, inclusive, menor incidência de lesões musculares e articulares em pisos sintéticos com o certificado da entidade do que em grama natural. Isso porque o sintético possui menos irregularidades. Há nivelamento no piso.

A qualidade do jogo é prejudicada?
Quando o piso sintético passa nos testes realizados pela FIFA, significa que ele guarda as características mais semelhantes possíveis com a grama natural. No caso do Passo d'Areia, além da troca do sintético, haverá correção e nivelamento do piso. A tendência é de que a qualidade do jogo se assemelhe aos gramados naturais onde os jogos ficam mais rápidos e com favorecimento às trocas de passes. A alegação de que o piso seja mais duro do que o encontrado normalmente pelos atletas também não se justifica quando analisada a incidência de lesões como fascite plantar (na sola do pé). O São José não apresenta jogadores com este histórico depois de oito anos com o sintético.

Por que não foi adotada a mesma tecnologia da Arena da Baixada, em Curitiba?
O gramado sintético escolhido para o Passo d'Areia não é melhor ou pior do que o adotado pelo Atlético-PR. É diferente por ter uma funcionalidade, necessidade e custos também diferentes, adequados à realidade do São José. O piso com fibra de côco, como o adotado em Curitiba, não permite, por exemplo, que se jogue diariamente no campo. Já o piso a ser adotado no Passo d'Areia, que terá borracha na sua base, permite até 200 horas de jogo por mês, adequado ao clube, que não possui centro de treinamento e todas as categorias treinam no mesmo local. Haverá ainda um plano de manutenção diferenciado para o novo sintético.

O sintético é mais quente do que o piso natural?
Sim, porque o composto do gramado sintético é bastante diferente do natural, e tem, entre as suas características, a retenção de calor. O novo material, no entanto, diminuirá bastante este efeito, por ter a composição da fibra diferente. O Passo d'Areia contará, ainda, com um novo sistema de drenagem para equilibrar a temperatura dentro de campo.
 

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