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Na Copa São Paulo, não tem lugar para zero a zero

A verdadeira fábrica de goleiros pegadores de pênaltis, que já virou uma tradição do São José em todas as categorias, pode ser um diferencial na disputa da Copa São Paulo de Futebol Júnior. É que a organização da competição ressuscitou uma regra este ano que foi a grande novidade do futebol brasileiro quando nenhum dos jogadores _ e, entre os membros da comissão técnica, o mais velho, o auxiliar técnico José Rafael da Silva, tinha apenas um ano _ do Zeca eram nascidos. Lá no Brasileiro de 1988, cada jogo que terminasse em igualdade seguia para a decisão por pênaltis. Na Copinha que começa em janeiro, os jogos da primeira fase já não poderão terminar empatados. Vão para as penalidades e, quem levar a melhor, soma um ponto além do já conquistado no empate. O derrotado, fica com um ponto na tabela. Vitória segue valendo três pontos e a derrota, nenhum.
Para o preparador de goleiros, Fernando Moura, que comanda os trabalhos com Lorenzo e Vinícius, tudo é uma questão de condicionamento. 
"Tecnicamente falando, não mudou muito o que planejamos por causa do regulamento, porque sempre trabalho situações que simulam as cobranças de pênaltis. Claro que há o peso psicológico, e a nossa função é tornar a situação das penalidades o mais natural possível. A decisão do goleiro, condicionada pelo treinamento, muitas vezes define o resultado", diz.
Se o torcedor se acostumou, nos últimos anos, às conquistas sempre passando pelas mãos do goleiro Fábio, entre os profissionais, essa é uma realidade desde a categoria Infantil. O histórico de títulos e classificações garantidos pelos "camisa 1" vai longe. E não é por acaso.
"Tem o dedo do Toninho (Antônio Castilhos, preparador de goleiros do profissional) nisso, e tem muito do que fazemos entre os preparadores de goleiros da base. Sempre tentamos estar conectados, trocando experiências e formas de treinamento. Um terceiro elemento para o sucesso é que o clube tem conseguido trabalhar os atletas desde a base até chegar ao profissional. Eles acabam se habituando a enfrentar decisões por pênaltis. E temos ainda o exemplo do Fábio sempre por perto. Ele é o melhor goleiro do Estado", avalia Fernando.
E, se o condicionamento do goleiro será fundamental, o momento dos cobradores também é. Bater pênaltis, de acordo com o técnico João Pedro Kaefer Lock, não é mistério.
"Cada jogador cobrou, na última semana, uma média de 20 pênaltis. É um trabalho constante, para que não pareça uma situação fora do comum. Quem cobrou melhor nos treinamentos vai bater se surgir a oportunidade? Nem sempre. Eu penso que é o momento. Quem decide, na verdade, os cobradores, são os próprios atletas. Aquele que está melhor no momento, vai para a cobrança, porque todos treinaram", afirma João Pedro.
O treinador nasceu no ano seguinte à experiência dos pênaltis em caso de empate no futebol brasileiro. Gostou da ideia, ao menos na Copa São Paulo.
"O objetivo da categoria de base é formar jogadores. Nada melhor do que testá-los em situações como essas, de tomada de decisão e aprimoramento técnico das cobranças de pênaltis. Vai servir como amadurecimento", acredita.
A delegação do Zeca parte na noite de 1º de janeiro, segunda-feira, para Várzea Paulista, ao lado de Jundiaí. A estreia será no dia 4, diante do Paulista.

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