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O guri da Bonja voltou

Quando ele fala, o sotaque em muito pouco lembra o gaúcho ou o porto-alegrense. É mais um resultado da peregrinação que a profissão de jogador de futebol muitas vezes impõe. Mas está lá, na certidão de nascimento: Porto Alegre. Ou, como ele mesmo lembra, Bom Jesus, a Bonja. Um guri, hoje com 22 anos, com muito mais ligação como Zeca do que se pode imaginar.
"Eu tinha 11 anos", lembra.
Foi quando o "pequeno" Jefferson _ hoje um jogador de 1m83cm _ participou de uma peneira do Zeca.
"Foi em um campo aqui pertinho, ali atrás. Outro dia passei por ali ainda e me lembrei daquele dia", conta.
Era o campo do Centro Comunitário Primeiro de Maio (Ceprima). Jefferson chamou a atenção dos professores e foi aprovado. E aí esbarrou no obstáculo que muitas vezes impede meninos da periferia de correr atrás do sonho de ser jogador. 
"Eu estava aprovado, mas não tinha condições de vir treinar. Acabei não ficando", recorda o jogador.
Poderia desistir, mas aquela situação foi como uma arrancada para a peregrinação do guri da Bonja. Aos 13 anos, Jefferson Assis foi para São Paulo. Iniciou nas categorias de base do Grêmio Osasco e depois voou para ainda mais longe. Foi parar no Braga, em Portugal. Foram duas temporadas no futebol europeu até o retorno para o Coritiba.
"Fiquei três anos no Coritiba e acabei me fixando lá na cidade. Hoje em dia a minha família toda mora lá. Porto Alegre para mim tinha virado a cidade para onde eu vinha só nos finais de ano. E nem sempre. Esse retorno de uma forma é uma volta às raízes mesmo", conta.
No começo da temporada, Jefferson Assis foi contratado pelo primeiro clube gaúcho na sua carreira, o Novo Hamburgo, onde ganhou o Gauchão. Agora, o Zeca e o Brasileirão Série D são os desafios para ele.
"O torcedor pode ter certeza de uma coisa: vim para fazer gols, e vou fazer", avisa.

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