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O recomeço para Tássio e Dudu Mandai

A temporada de 2019 ainda não começou, mas a cada treino desta pré-temporada, as equipes de fisioterapia e de preparação física do São José comemoram pelo menos dois golaços marcados ao longo do ano que está terminando. E, se eles comemoram, imagine o lateral-esquerdo Dudu Mandai e o volante Tássio.
"A parte mais difícil desse período de recuperação nem foi o trabalho excelente feito por eles, mas a parte psicológica. É difícil ficar tanto tempo sem poder fazer o que nós sabemos e mais gostamos. Agora, estou 100%, a parte ruim já passou", vibra Dudu Mandai.
Ele sofreu uma grave fratura no braço esquerdo no último treinamento antes da disputa do jogo decisivo pelas semifinais do Gauchão, diante do Brasil, de Pelotas, no final de março. Foram quase oito meses de recuperação até voltar aos gramados na semifinal da Copa Wianey Carlet, diante do Avenida.
O caso do Tássio não foi muito diferente. No final de 2017, ele acabara de ser integrado ao grupo, vindo da Linense, e havia ganhado uma vaga no meio de campo titular do time nos jogos da pré-temporada. Mas aí, a fatalidade. Durante um treino, ainda nesta fase de preparação, rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo. Passou por cirurgia e só estreou pelo Zeca na reta final da Copa Wianey Carlet.
"São dois casos exemplares de como trabalhamos com segurança aqui no clube. Os tratamentos foram respeitados à risca, e mesmo assim, sob constante monitoramento, e com acompanhamento de testes isocinéticos, que realizamos na UFRGS, a partir do momento em que são clinicamente liberados para trabalhar na preparação física. O jogador só vai a campo com plenas condições", garante o preparador físico Martinho Inácio.
Mesmo sendo duas lesões bem diferentes, de acordo com o fisioterapeuta Vasyl Saciura, o foco da recuperação era o mesmo.
"Eles não são pessoas que precisam recuperar as funções normais do dia a dia. Nosso foco é para preparar um atleta de alto rendimento, com o impacto e a força muscular que o futebol exige", explica.
No caso do Dudu Mandai, tratava-se de uma lesão rara no futebol, no braço. Então, a equipe de fisioterapia dedicou-se à funcionalidade relacionada aos movimentos do braço. Desde uma cobrança de lateral, até as quedas com a possibilidade de suportar o próprio peso no chão e a amplitude de movimentos.
A prioridade no tratamento do Tássio era, e continu sendo após a recuperação, garantir a força adequada nos movimentos que exigem do joelho.
"Eu senti uma insegurança muito grande, porque era a minha segunda cirurgia na carreira, mas o trabalho de fisioterapia foi de alta qualidade. Hoje, posso dizer que estou seguro e me sentindo muito feliz", diz o volante.
Um dos segredos para o bom retorno dos atletas está na sincronia entre os dois departamentos, com um período de transição antes que os jogadores voltassem a receber a carga normal dos treinamentos.
"É um período em que o contato deles no campo se torna diário, já com um trabalho semelhante ao de um atleta sem lesão. E neste ambiente, na fisioterapia, acompanhamos a evolução dos movimentos, para apontar se ainda há algum déficit", diz Vasyl.
Do ponto de vista físico, a prioridade na transição é observar a recuperação de força do jogador. E, como salienta Martinho, a observação é constante mesmo depois deste período.
"Nós mantemos esse controle do equilíbrio muscular de todos os atletas, até como forma de prevenir lesões. No caso de um atleta recuperando-se de cirurgia, a necessidade de manutenção de um trabalho específico é ainda maior, porque há perda de força na perna muito rápida", afirma o preparador.
Assim como testes nas peças de uma engrenagem, Tássio e Dudu Mandai passaram. Estão plenamente integrados ao trabalho da comissão técnica na pré-temporada.
"Agora sim, vou começar uma temporada e corresponder à expectativa que se tinha quando cheguei no clube no final de 2017", garante o volante. 

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