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Rafael Jaques é o novo técnico do São José

O treino de movimentações ofensivas e defensivas desta segunda-feira teve um ritmo diferente, parado a todo instante para novas orientações e para um contato mais direto com cada um dos jogadores. fazia parte das apresentações, dentro de campo, do novo comandante do São José. Rafael Jaques foi confirmado pela direção como o novo técnico da equipe principal, que disputa a Copa Paulo Sant'Ana. Na terça, ele comanda seu segundo e último treino antes da estreia, na quarta às 15h, no Passo d'Areia, diante do Igrejinha, na partida adiada da primeira rodada, mas que acabará fechando o primeiro turno com a possibilidade do Zeca assumir a liderança da competição.
Jaques, de campanha incrível no comando da equipe Sub-20 no Gauchão _ com a classificação para a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2018 _, chega à sua primeira oportunidade à frente de uma equipe profissional com um novo desafio: garantir o tricampeonato da Copinha e a consequente volta do São José ao Brasileiro Série D. Mais do que isso, terá a missão da montagem da equipe para o Gauchão do próximo ano.
"Eu me sinto preparado. Estava trabalhando por essa oportunidade", garante.
O representante do Grupo Aspecir, Júlio Machado, valoriza a escolha de Rafael Jaques como o novo treinador e a passagem de João Pedro Lock, até então auxiliar técnico no profissional, à frente dos Juniores, como a manutenção de um modelo de gestão que vem dando certo no clube.
"Apostar em quem está inserido no trabalho do São José é a nossa marca. O Jaques conhece o grupo de jogadores e mostrou sua capacidade com uma grande campanha na base. O João Pedro também já está trabalhando há bastante tempo no clube e precisava dessa oportunidade", avalia o dirigente.
Em dois anos e meio de São José, Rafael Jaques passou pelos comandos do Sub-15, Sub-17, Sub-20 e, no Gauchão de 2016, foi auxiliar técnico de China Balbino no profissional. A direção ainda pretende anunciar nos próximos dias o auxiliar técnico que trabalhará com ele. O restante da comissão técnica foi mantido.

ENTREVISTA:
Já na preparação para o jogo de quarta, diante do invicto Igrejinha _ com três empates em três jogos até o momento _, Rafael Jaques falou do que planeja no comando do Zeca.

Não tem muito tempo para pensar, quarta já tem jogo e é importante para a classificação. O que tu projetas para esta partida? E é possível dizer em quanto tempo o time deve ter a tua cara?
Jaques _
 Eu vinha observando os adversários da Copa Paulo Sant'Ana, e o Igrejinha é, sem dúvida, um dos mais duros. Um time muito bem montado, que joga junto há muito tempo. Eles têm dois atacantes rápidos que buscam o jogo o tempo todo. Será um jogo forte, mas temos qualidade suficiente no nosso grupo para propor o jogo contra qualquer adversário. Confio muito no time. Sobre dar a nossa característica, acho que ainda levará um tempo. Os três primeiros jogos, por exemplo _ quarta, sábado e quinta _ não vão nos possibilitar muito tempo de trabalho em treinamentos. Mas temos jogadores inteligentes, que tem muito da qualidade de jogo aproximado que eu costumo trabalhar.

O fato de já teres sido auxiliar no profissional e conhecer boa parte desse grupo facilita?
Jaques _
 Facilita muito. Tanto do ponto de vista técnico e tático, por eu conhecer as características de boa parte dos atletas, quanto pela relação que eu tenho com eles. Eu conheço o potencial de cada um e sei que poderei exigir isso deles. Temos um time com grande qualidade e que precisa, ao mesmo tempo, respeitar o adversário, marcando forte no momento em que perde a bola.

O objetivo é conquistar a Copinha, mas também é montar o grupo para 2018. Diante disso, o fato de vir do comando do Júnior terá papel importante no momento de dar oportunidades para quem está subindo?
Jaques _
 Até pelo número de jogadores do grupo, que é reduzido, a entrada dos jogadores da base se dá naturalmente. Vou, sim, colocá-los na medida em que os jogos forem possibilitando. Promover esses meninos também é um objetivo e uma característica do clube.

O que muda no trabalho em relação ao que tinha com a base?
Jaques _
 É a mudança na maturidade dos jogadores para compreenderem as orientações. No profissional, o atleta geralmente já é um pai de família, mais maduro. Assimila bem o que queremos porque tem responsabilidades fora daqui. Ele precisa fazer as coisas darem certo. Um menino na base, às vezes, ainda não assimilou isso.

Como tu encaras esse momento na tua carreira?
Jaques _
 É o início de um novo ciclo, de uma nova realidade. Eu buscava essa oportunidade.

Quando tu assumiste os Juniores, deixou claro: "Entramos para chegar à Copa São Paulo". Chegou. E agora?
Jaques _
 Agora a cobrança da direção é pela vaga no Brasileiro. Vamos jogar pelo objetivo mais uma vez.

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