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Um torcedor na casamata

Foi antecipada por uma surpresa a apresentação da equipe Juvenil do São José no começo da tarde desta segunda-feira, no Passo d'Areia. Antes da tradicional conversa de abertura da temporada, os jogadores foram apesentados a um novo _ ou nem tão novo assim _ comandante. Rafael Porto, 43 anos, os últimos 15 vividos dentro do Passo. Tempo suficiente para que o treinador hoje se considere um verdadeiro torcedor do Zeca.
"É inevitável. Depois de tanto tempo, a gente vira uma espécie de embaixador do clube em todo o lugar que vai. Se está na arquibancada, ou mesmo longe daqui, e sabe que tem algum jogo, é claro que eu estou torcendo", conta.
O próprio Porto foi apanhado de surpresa. É que, até domingo, a direção de futebol contava com a continuidade de Manu Corrêa na categoria Sub-17, mas ele acabou aceitando uma proposta para trabalhar no Sub-23 do Internacional. Para Rafael Porto, desafio dado é dasafio a cumprir. Vai ser a sua quarta passagem à frente desta categoria.
"Já trabalhei desde o Sub-10 até de auxiliar do profissional, com o Gilson, e por alguns momentos, com o China Balbino. Mas o Juvenil é mesmo um período diferente, que exige um trabalho bem cuidadoso. É a transição mais dura que esses meninos têm na busca por algo melhor no futebol. Eles saem daquele esquema ainda meio paternal, da escolinha, para um ambiente em que o funil aperta. No Juvenil, é o momento de vermos quem estara apto para seguir em frente no futebol, ou com o espaço no clube", avalia o treinador.
Rafael Porto já conhece a maior parte do grupo de jogadores, mas na primeira semana terá um trabalho duro. É que, na apresentação, foram mais de 40 atletas aptos. Durante os próximos dias, acontecerá uma espécie de peneira até que o grupo feche com 30 jogadores. 
O objetivo da direção de futebol é buscar a fase final do Gauchão Juvenil, e apagar a má impressão deixada no estadual do ano passado, quando o Zeca acabou eliminado na primeira fase. A competição iinicia em abril, ainda sem a tabela definida.

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