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Zeca foi gigante, lutou até o fim, mas o acesso foi adiado

Caímos de pé.
O São José foi gigante diante de um Castelão lotado, em São Luís, no Maranhão, na noite deste sábado. O placar final, de 3 a 2 para o Sampaio Corrêa, classificou os donos da casa para a Série B de 2020, mas mostrou, mais uma vez, o brio e a qualidade da equipe comandada por Rafael Jaques, que estreou este ao no Brasileiro Série C. E o reconhecimento aconteceu. No momento em que o árbitro apitou o fim do jogo, todos os que estavam na Fan Fest do Acesso, no Zequinha Beer, aplaudiram a atuação de pé.
Em uma partida em que a expectativa da torcida local era dos maranhenses amassando o Zeca em seu território, não foi o que se viu desde os primeiros movimentos. Q uem marcava adiantado e levava algum perigo ao gol adversário era o São José. Foi de Luiz Eduardo, de cabeça, a primeira chance para marcar, logo aos 4 minutos de partida. Cinco minutos depois, os rumos da partida foram mudados por completo, com falha da arbitragem.
Matheusinho avançaria rumo à grande área adversária e foi parado com uma falta violenta. O problema é que a arbitragem não marcou nada. Quem teve a oportunidade para atacar foram os donos da casa. Em uma bola lançada para a área, Fábio saiu e o atacante perdeu o ângulo, mas caiu. O árbitro marcou pênalti do goleiro. Na cobrança, aos 12 minutos, o Sampaio fez 1 a 0.
As decisões da arbitragem poderiam ter sido consertadas ainda na primeira etapa quando, aos 18 minutos, Luiz Eduardo foi agarrado na área. Mais uma vez, nada marcado. No minuto seguinte, o centroavante voltou a cabecear com perigo, mas o goleiro defendeu. Aos 28, Cláudio Maradona teve a grande chance para o empate. Chutou na saída do goleiro, que salvou com a perna.
Na volta do intervalo, outra vez os donos da casa não conseguiram exercer a pressão que esperavam. Antes dos 10 minutos, Rafael Jaques sacou Tiago Pedra e investiu na ofensiva, com a entrada de Crystopher. E deu resultado. O Zeca retomou o ritmo predominante da primeira metade da partida. Outra vez, porém, esbarrou nas decisões equivocadas da arbitragem.
Aos 12 minutos, Maradona entraria a dribles na área, não fosse grosseiramente chutado pelo zagueiro, na altura do peito. O ábitro não marcou nada. O zagueiro, sem conseguir parar a jogada, caiu com a mão na bola. Outra vez, nada assinalado. Luiz Eduardo apanhou o rebote e foi empurrado. E a sina de não ter nenhum pênalti a favor do São José desde janeiro deste ano se manteve.
Mas a reação estava madura. Aos 15, a cobrança de falta foi na medida dentro da área, e o zagueiro Lucão só teve o trabalho de conferir com o pé para deslocar o goleiro e empatar o jogo.
Três minutos depois, porém, o Sampaio voltou à frente, em uma cabeçada dentro da área. E nem tiveram tempo de comemorar. No minuto seguinte, Cláudio Maradona arrancou com força pela direita, invadiu a área e chutou cruzado para Matheusinho conferir para o gol: 2 a 2.
Jaques então fez mais uma mudança no meio de campo. Rafael Tavares deu lugar a Karl. Ninguém contava era com uma dessas fatalidades do futebol. Aos 33 minutos, o Sampaio teve falta na lateral e o cruzamento foi para a área. Luiz Eduardo acabou desviando a bola, tirando Fábio da jogada. Gol contra e 3 a 2 para os maranhenses.
A partir daí, tudo virou drama. Gustavo Xuxa entrou no lugar de Diguinho, mas já não havia força suficiente para pressionar de maneira mais incisiva. 
A competição encerra para o São José, mas de cabeça erguida. Este foi o ano de estreia do clube no Brasileiro Série C, e o Brasil, definitivamente, nos conheceu. Estamos entre os 48 principais clubes do país. 
As atenções agora se voltam para a Copa Seu Verardi e a busca da classificação à Copa do Brasil 2020. Ano em que estaremos outra vez na Série C.

Imagem: Elias Auê Divulgação/Sampaio Corrêa

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