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Zeca sai atrás na semifinal da Copa Paulo Sant'Ana

O fator local não fez a diferença e o São José acabou largando em desvantagem nas semifinais da Copa Paulo Sant'Ana, no clássico contra o Cruzeiro, neste sábado à tarde. O Zeca foi derrotado por 2 a 1 no Passo d'Areia _ Fábio marcou mais um de pênalti, o quinto do goleirão na competição _ e agora, na partida decisiva do próximo domingo, a equipe de Rafael Jaques precisará vencer por dois gols de diferença, ou por um gol de vantagem contanto que faça mais de dois gols. Se o Zeca vencer por 2 a 1, a definição do finalista irá para os pênaltis.
Para o técnico Rafael Jaques, a derrota está longe de abater o time.
"Tenho certeza que vamos reverter essa vantagem lá. O São José que jogará lá será outro em relação ao de hoje", garante.
Não houve brilhantismo no clássico Ze-Cruz. E nem havia espaço para isso. Cada centímetro do campo era disputado a chutes, cabeçadas e o que desse. Desde os primeiros minutos, o jogo ficou marcado pelos lançamentos longos e disputas pelo alto, o que acabava favorecendo às características do Cruzeiro. Ainda assim, quem chegou primeiro ao ataque com algum perigo foi o São José. Aos 12 minutos, Kelvin recebeu fora da área e arriscou. A bola passou perto.
A resposta dos visitantes foi intensa. Aos 26, a bola encontrou a trave do goleiro Fábio. Mas dez minutos depois, era o Zeca quem chegava com perigo à área do rival. Clayton livrou-se da marcação e quando tentou centrar a bola para a área, rasteira, o zagueiro jogou-se no chão e, visivelmente, encostou com a mão na bola no carrinho. A arbitragem não marcou nada. Aos 41, a chegada mais forte do São José. Novamente Clayton limpou a jogada na intermediária ofensiva e serviu com grande qualidade para Dudu Mandai. Ele foi ao fundo e entrou na área. Serviu rasteira para Diego Torres e Kelvin, que entravam na área cara a cara com o goleiro. Os dois acabaram se atrapalhando e quem concluiu foi Kelvin, sobre o gol.
Este era um clássico. Uma partida sem espaços para trabalhar a bola. Então, qualquer oportunidade precisava ser aproveitada. O Zeca não conseguiu, e foi castigado.
Aos 43 minutos, o Cruzeiro aproveitou o raro espaço pelo meio e a jogada chegou ao lado esquerdo ofensivo. Dali partiu um cruzamento curto, rasteiro. Fábio tentou a defesa, mas acabou permitindo  o rebote e Rafinha aproveitou para abrir o placar para os visitantes.
"Era um momento em que estávamos melhores no jogo. Conseguíamos criar as oportunidades, mas faltava a precisão. Eles foram felizes e isso deu uma abatida no time para o intervalo. Depois, na volta para o segundo tempo, o time rapidamente se acomodou no campo e tínhamos a iniciativa. Novamente fomos penalizados no placar", lamenta Jaques.
Foi aos 12 minutos da etapa final. O São José atacava, mas a perda da bola na intermediária ofensiva deu início ao contra-ataque. Outra vez, um cruzamento rasteiro entrou, dessa vez cruzou toda a pequena área até encontrar Janderson, que só teve o trabalho de empurrar para fazer 2 a 0 para o Cruzeiro.
Àquela altura, Flávio Torres já havia desperdiçado uma grande oportunidade de cabeça dentro da área. E, com a desvantagem ainda maior, a equipe de Rafael Jaques se tornou insistência pura. O Cruzeiro respondia com faltas, por vezes violentas, não coibidas pela arbitragem. Foi o caso de uma cotovelada sofrida por Crystopher no meio de campo. Nem a falta foi marcada.
Aos 37 minutos, depois de sucessivos cruzamentos para a área, Diego Torres acertou uma puxeta, quase encobrindo o goleiro, que se esticou todo para tocar para escanteio. Aos 46, a zaga cruzeirista se atrapalhou e a bola sobrou para Matheus Totô. Ele tentou se livrar dos três marcadores e levou um pontapé por baixo: pênalti.
Coube ao goleiro Fábio, mais uma vez, cobrar. Ele bateu com grande categoria, como de costume. Dessa vez, no canto direito do goleiro, alta, no ângulo, para diminuir a desvantagem para 2 a 1.
O Ze-Cruz decisivo acontecerá no Estádio Vieirão domingo, dia 15, às 16h30min.

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