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104 anos: parabéns a todos que vivem o São José

Nesta quarta, dia 24 de maio de 2017, o Esporte Clube São José chega a uma marca dificilmente imaginada pelo Irmão Constantino José, quando professor do antigo Colégio São José, no Centro de Porto Alegre, foi mentor de um grupo de seis estudantes na criação de um novo clube de futebol na cidade. O ano era 1913. A data, precisamente o 24 de maio. Hoje completamos 104 anos de uma vigorosa história.
Um desafio que começou na busca de uma casa. Passou pelos campos que existiam no atual Hospital Militar, pela área alagadiça do Bairro São João e até por áreas emprestadas pelos demais clubes existentes nas primeiras décadas do século passado até que, também em um dia 24 de maio _ nosso aniversário _ foi inaugurado o Estádio Passo d'Areia na área doada por Rubem Berta junto ao campo de pousos da cidade antiga. Sim, temos orgulho de termos nossa casa. O mais longevo entre os estádios de Porto Alegre.
E quando falamos da gente que construiu cada capítulo dessa história, não deixamos ninguém de fora. Do artilheiro ao goleiro, dos presidentes ao massagista, ao roupeiro, do torcedor que não perde um só instante na arquibancada ou àquele que é admirador à distância do Zeca. São pessoas que seguem os passos daqueles seis estudantes capitaneados por Leo de la Rue, o homem que inaugurou a galeria de presidentes com uma responsabilidade e tanto. Tinha a missão de fazer daquela ideia de clube uma realidade. Traçou um plano: o São José seria o time que abriria espaço para os jovens. E não é que 104 anos depois, somos reconhecidos formadores de atletas. Em nossas equipes principais, quase a totalidade dos jogadores passou por nossas categorias de base. O São José é símbolo, por tradição, de formação de talentos para o futebol gaúcho e brasileiro.
Aqueles jovens estudantes de 1913 queriam era jogar bola. E abriram caminho para conquistas. Ora, como não reverenciar os 11 guerreiros que sentiram o frio na barriga em 1927 ao se tornarem o primeiro time de futebol a viajar de avião _ um hidroavião _ para uma partida em Pelotas? Ou ainda aos que levaram o Zeca de volta à elite em 1958 e, cinco anos depois, em 1963, ergueram nossa primeira taça: a Segunda Divisão do recém criado Gauchão.
Ah, e os atletas torcedores e dirigentes que, em 1971, bateram a dupla Gre-Nal e cruzaram o Interior para conquistar a Copa Governador do Estado. Dez anos depois, reerguendo o clube da tragédia em um acidente de ônibus com a delegação no final da década de 1970, em 1981 o Zeca conquistou outra vez a Segunda Divisão Gaúcha.
A década de 1980 foi um teste aos resistentes. E novamente, quem vive o Zeca nunca deixa o ideal daqueles estudantes esmorecer. O clube reestruturou-se. Retornou na década de 1990 à elite do futebol gaúcho, ganhou o cenário nacional e, com a maturidade de quem já é centenário, voltou a erguer taças. Foram duas Copas Metropolitanas _ 2015 e 2016 _, uma Supercopa Gaúcha em 2015 e o Campeonato do Interior em 2016.
É por isso que completar 104 anos é um feito reservado a poucos resistentes. Quem veste este manto sabe que carrega o ideal daqueles seis estudantes do antigo Colégio São José e a trilha deixada por tantas gerações que não veem somente a glória das conquistas com o seu maior objetivo. Mas a resistência de existir e continuar mobilizando a todos.
Cor do céu, clube alvi-azul. São José de tradição.
Parabéns!

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