Faltam exatamente dez dias para que o São José entre em campo em Itu para encarar o atual campeão do Interior de São Paulo, o Ituano, na estreia pelo Brasileirão Série D. Será a décima participação do Zeca em competições nacionais. E para dessa vez fazer história, o diretor de futebol João Carlos Lock garante: "o investimento é alto, queremos subir".
Ele conversou conosco sobre o planejamento para a Série D.
Faltando dez dias para a estreia, como acredita que está a equipe?
João Lock _ Temos um sistema defensivo pronto, bastante consistente, e um meio de campo de muita qualidade sendo aprimorado. Nesses dias que restam para a estreia, é o momento de fazer os ajustes na parte ofensiva da equipe e chegaremos prontos.
Com que tamanho o São José entra nessa Série D?
João Lock _ Nunca tivemos um investimento tão alto no segundo semestre. Qualitativamente é até maior do que no Gauchão. E o investimento é total para chegarmos ao acesso. Para isso, o nosso esforço e do Grupo Aspecir foi maximo para mantermos a maior parte dos jogadores. Chegamos à Série D com 90% do grupo mantido. Eles chegam entrosados e em pleno treinamento para a estreia. Fora isso, já recebemos os reforços do Fidélis, Liverson e Tiago Steffen. Recebemos nessa semana o Mateus Totô e já estamos acertados com dois atletas que ainda estão disputando o acesso _ um meia e um atacante. Ainda esperamos fechar com outro meia e outro centroavante experientes. Então, eu creio que chegamos bem encorpados para a competição.
A participação na Série D do ano passado deixou que tipo de aprendizado para esse ano?
João Lock _ O ano passado foi a minha primeira experiência com a Série D pelo São José. Eu observei muito a forma como se joga essa competição. As aquipes jogam e deixam jogar. Nós sofremos com as perdas de muitos atletas em 2016. Chegamos à Série D com apenas três jogadores que haviam disputado o Gauchão, e mesmo assim percebemos que, fortalecendo o grupo, dava para avançar no campeonato. Tratamos de garantir essa qualidade para 2017.
Em termos estruturais, qual investimento foi feito? E em relação aos rivais de fora do Estado, em que nível estrutural está o Zeca?
João Lock _ Investimos em três módulos para transportar o material esportivo de maneira mais eficiente nos aviões. Fora isso, temos feito o possível para garantir a retaguarda dos atletas, com material esportivo, suplementação, salários em dia. Tudo de primeira mesmo. O jogador que está aqui não tem do que reclamar. E eu digo que não devemos nada para os clubes de fora do Rio Grande do Sul. Talvez apenas para os paulistas, que contam com um investimento pesado. No nosso grupo, por exemplo, temos o Metropolitano, que tem uma estrutura enxuta e não tem estádio próprio. Eles atuam no campo do Sesc. O PSTC tem uma estrutura com nível muito parecido com o nosso. O Ituano, pelo que eu jáobservei, está um patamar acima nesse aspecto estrutural. Mas estaremos em pé de igualdade com todos.