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Sim, em 2018, vamos ultrapassar o Mampituba outra vez

Quando os cinco minutos de acréscimos na segunda etapa do clássico Ze-Cruz, em Gravataí, encerraram, estava determinado: a vaga na final da Copa Paulo Sant'Ana e, por consequência, a vaga em uma competição nacional em 2018, seriam decididas nos pênaltis. E aí, o resto desta história nem precisa mais ser contado ao torcedor do São José. Porque, quem veste essa camisa, sabe: quem tem Fábio, está seguro. O Zeca reverteu a derrota do primerio clássico e está clássificado.
No tempo normal, a equipe comandada por Rafael Jaques devolveu o 2 a 1, com gols de Cláudio Maradona, que reestreou no segundo tempo do clássico, e Mateus Totô. Nas penalidades, vitória por 5 a 3. Fábio defendeu a quarta cobrança do Cruzeiro. Ele já havia marcado na primeira, e foi seguido por Claudinho, Everton Alemão, Rambo e Cláudio Maradona. Agora, o São José encara o Aimoré na final, com o primerio jogo no Estádio Cristo Rei, em São Leopoldo, e a partida decisiva, no Passo d'Areia.
A partida começou tensa, com jogadas ríspidas e pouca rigidez do árbitro contra jogadas violentas. Logo nos primeiros minutos, Dudu Mandai foi atingido por uma cotovelada no rosto, que o obrigou a sair da partida e dar lugar a Rambo, mas a arbitragem sequer assinalou falta. Na sequência do lance, a bola sobrou para o atacante França, do Cruzeiro, que chutou forte de longe para abrir o placar no clássico.
Aos poucos, a estratégia definida por Rafael Jaques para surpreender o rival no segundo jogo começava a surtir efeito. O atacante Pauinho saiu jogando pelas suas características de velocidade e combatividade nas laterais ofensivas. A missão era desgastar os marcadores, mas o Zrca concluía poucas vezes na primeira metade do jogo.
No intervalo, Jaques mais uma vez foi ousado. Fez três mudanças simultâneas: entraram Kelvin, Mateus Totô e Cláudio Maradona nos lugares de Diego Torres, Flávio Torres e Paulinho.
"Os três estavam bem no jogo, mas era um momento em que precisávamos fôlego novo e essa vitalidade que ganharíamos na equipe", avalia o técnico.
Dito e feito. O São José passou a ganhar as tantes jogadas divididas na intermediária, e quando escapava, era sempre em alta velocidade e com intensa troca de passes. Aos 4 minutos, a bola foi lançada em velocidada na área, Maradona antecipou-se aos zagueiros e tocou com qualidade, de cobertura no goleiro, para igualar o marcador.
O empate ainda classificava o Cruzeiro, mas a partida ficou franca. Aos 11 minutos, Fábio fez uma defesa espetacular, nos pés do atacante adversário. No minuto seguinte, o goleiro do Cruzeiro é quem fez o milagre em dois chutes na sequência, de Clayton e Kelvin. Aos 16, novamente Kelvin apareceu livre, mas cruzou sem força e a zaga salvou.
Neste momento, Rafael Jaques promoveu a última substituição. saiu Fidélis para a entrada do garoto Crystopher. E aí, a posse de bola do Zeca no campo ofensivo incomodou de vez os donos da casa. Aos 30, Clayton foi derrubado próximo à área. Ele mesmo cobrou a falta, que passou muito perto. Aos 40, veio a virada. Do jeito que precisava ser em um clássico.
Houve um bate-rebate na área. Primeiro, Kelvin concluiu forte de dentro da área, o goleiro espalmou para frente. No rebote, Mateus Totô tentou duas vezes razteiro para a bola entrar, quase na marra: 2 a 1.
Depois, veio aquela história que só o Fábio sabe contar: Zeca classificado.
"Foi uma partida em que pesou, da mesma forma, o coração do nosso time e a qualidade de futebol. Agora, vamos novamente nos fechar e nos prepararmos fortes para essa difícil final", diz Rafael Jaques.
O primeiro jogo das finais acontece no próximo domingo. O segundo, no sábado, dia 28, no Passo.

(Imagem: Pablo Nunes/Guia Esportes)

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