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A ciência entra em campo contra lesões depois da pandemia

A primeira semana da retomada dos trabalhos no Passo d'Areia é quase um laboratório do exercício. É que, antes de entrar no ritmo alucinante dos trabalhos físicos, a função da comissão técnica está direcionada para o diagnostico das consequências de dois meses de parada provocada pela pandemia do coronavírus. O trabalho conjunto entre a fisiologia, fisioterapia e preparação física é o primeiro passo para a recuperação do condicionamento físico dos atletas. 
"É uma situação nova, diferente dos 20 dias de férias no verão antes da volta para a pré-temporada. Agora, mesmo com os exercícios que passamos individualmente para os jogadores praticarem em casa, é muito diferente. Eles estiveram parados esse tempo todo, e exigirá muito cuidado na retomada para evitarmos lesões, por exemplo", diz o preparador físico Rafael Dias.
E os primeiros números dão uma amostra à comissão técnica. De acordo com Dias, em média houve 14% de perda de força e mais de 10% de capacidade aeróbica nas primeiras avaliações. Índices semelhantes aos observados pelos clubes europeus, quando fizeram suas retomadas aos treinos após o isolamento.
"Estamos no período de avaliações, de testes físicos, para, a partir dos gráficos, evoluírmos sabendo onde dar ênfase no trabalho dessa pré-temporada", aponta.
Este cuidado foi fundamental para que o São José, adaptado ao protocolo médico rigoroso, retomasse as atividades agora, pelo menos 60 dias antes do retorno das competições. 
"Garantir uma retomada com tempo suficiente para a recuperação gradual dos atletas evita lesões. Por isso, nós da comissão técnica, em diálogo com a direção, preferimos esse retorno o mais cedo possível, com os trabalhos em pequenos grupos e mais individualizados", diz Rafael Dias.
O grupo de jogadores reiniciou atividades nesta segunda e, durante esta semana, o grupo ainda fará a coleta de material para novos exames de detecção do coronavírus. As instalações do Passo d'Areia já passaram por dois processos de desinfecção, que continuarão ao longo da pandemia, e o acesso ao campo só é permitido aos atletas e comissão técnica, após um detalhado roteiro de controle sanitário.
 

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