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Zeca sofre derrota no Beira-Rio

A noite de quinta-feira não foi boa para o São José. Naquele que era o terceiro clássico de Porto Alegre disputado pelo Zeca neste Gauchão, o resultado foi negativo e, distoando do que se viu em campo, elástico. O Zeca foi derrotado por 4 a 0, com doiis gols na primeira etapa e outros dois já na reta final da partida. O resultado deixa a equipe treinada por Rafael Jaques na quarta colocação, com 10 pontos, e com a missão de esquecer logo a derrota para voltar a vencer em casa na próxima rodada.
Os primeiros minutos de partida davam a impressão de que o São José logo conseguiria uma vantagem. Marcando a saída de bola do Inter, Rafinha, Clayton e Matheuzinho assustavam os defensores colorados a cada retomada de bola A tão esperada troca de passes e posse de bola apareceram em grande estilo desde os primeiros movimentos. Faltava, no entanto, a eficiência para transformar a qualidade em gols. Aos 16, Matheuzinho teve a melhor oportunidade deste momento da partida. Soltou uma bomba da entrada da área e a bola passou perto do ângulo. Sete minutos depois, quem soltou a bomba de fora foi Everton Alemão, mas a bola acabou passando sem muito perigo.
O problema é que, quando se joga contra grandes adversários e não se concretizam as chances, os deuses do futebol não costumam perdoar. Um minuto depois, aos 24 minutos, o ataque do Inter conseguiu encontrar espaço na defesa do Zeca pela primeira vez. Depois de uma troca de passes, William Pottker fez o 1 a 0 para os donos da casa.
O gol não mudou a forma do São José encarar o jogo. E o estilo ofensivo seguiu intocável. As trocas de passe em frente à área do Inter eram rotina e, aos 31, por pouco Rafinha não igualou o placar. Chutou forte, rasteiro e cruzado. A bola passou raspando a trave. Mas os espaços surgiam, e o Inter aproveitava. Aos 43, o atacante colocardo levou a melhor quando iniciou a jogada individual até servir D'Alessandro com espaço na entrada da área. Ele deslocou de Fábio para marcar o 2 a 0 que daria números finais à primeira etapa.
"Nós criamos oportunidades, tivemos a posse de bola que tanto queríamos, mas não fomos eficientes o suficiente. O time deles fez um bom jogo e aproveitou os espaços que conseguiu em erros nossos", disse o técnico Rafael Jaques ao avaliar o primeiro tempo.
Pois na segunda etapa, ele não abriu mão _ como tem sido a marca do Zeca neste Gauchão _ do seu estilo ofensivo. Perdendo por 2 a 0, sacou o zagueiro Teco, recuando Everton Alemão para aquela função. Quem entrou no jogo foi o volante João Pedro, na tentativa de dar mais mobilidade e velocidade na armação de jogadas. O São José avisava que queria permanecer com a bola. Por muito pouco essa ousadia não foi premiada logo aos 45 segundos do segundo tempo. Porcellis e Clayton fizeram uma bonita combinação de passes pela direita. O meia chegou chutando e acertaria o ângulo se o goleiro não se esticasse todo para mandar para fora. Como já se esperava, era uma estratégia que tornaria o jogo mais franco. E o Inter também criou oportunidades em maior número do que no primeiro tempo. Logo na sequência, Fábio fez um milagre ao salvar nos pés do atacante.
Aos 16 minutos, Porcellis, sentindo caimbras normais no seu retorno após lesão, pediu para sair. Anderson Canhoto entrou no seu lugar e o ataque do Zeca foi redesenhado. Matheuzinho, também cansado, deu lugar a Kelvin.
O resultado direto foi nas trocas de passes com mais agilidade. Aos 23, Clayton deu um passe açucarado pra Canhoto. O goleiro saiu do gol e chegou antes do atacante na bola. Aos 28, foi Felipe Guedes quem se destacou do meio de campo, foi até o fundo e rolou com categoria para Canhoto se esticar todo e por muito pouco não tocar de carrinho para as redes. Cinco minutos depois, o ataque do Zeca botou a defesa do Inter, literalmente, na roda. O problema é que a bola passou três vezes pela pequena área dos donos da casa e ninguém completou para o gol. Na insistência, Kelvin ainda teria mais uma oportunidade. Chutou alta, aos 42 minutos. Um minuto depois, Guedes recebeu na área e concluiu de primeira. Passou raspando a trave.
Mas o futebol, sempre nos lembra, tem as suas máximas. Quem não faz, leva. Aos 44 minutos, o Inter voltou a atacar e, em um cruzamento rasteiro, Fábio salvou no primeiro momento, mas no rebote, William POttker fez o 3 a 0. Se aquela já era uma ducha de água fria contra o time que havia insistido durante todo o segundo tempo, quatro minutos depois, já nos acréscimos, o cruzmento veio alto contra a defesa do Zeca. na sobra, Klaus completou para fechar o placar em 4 a 0.
"O resultado não diz o que foi o jogo. Em nenhum momento abrimos mão da nossa forma de jogar, mas acho que a nossa transição defensiva foi lenta, e isso costuma ser fatal contra times de alto nível como é o Internacional", comenta Jaques.
O Zeca volta a campo pelo Gauchão na próxima quarta, de volta ao Passo d'Areia depois de duas partidas, contra o Avenida. O jogo teve o horário antecipado para às 19h30min. O Carnaval será de trabalho duro no Passo.
Na tarde desta sexta, às 17h, os jogadores que não atuaram no Beira-Rio fazem um jogo-treino contra o Bagé. Na manhã de sábado, todos treinam, folgam no domingo e, segunda e terça, voltam aos preparativos para o jogo de quarta.

FICHA DO JOGO: Internacional 4x0 São José

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